17/04/2015
Mulheres de meia idade que perdem peso estão também perdendo massa óssea
O objetivo de abordar o papel das alterações na massa gorda e na massa magra no declínio da densidade mineral óssea em ambos os sexos. Neste trabalho, independentemente dos tipos de alimentos ou quantidade de cálcio em suas dietas, mulheres de meia idade que perderam uma quantidade moderada de peso ao longo de um período de dois anos também perderam mais densidade óssea do que os homens ou as mulheres mais jovens.
Os pesquisadores estudaram as diferenças sexuais dos efeitos de dietas de emagrecimento na densidade mineral óssea e na composição corporal. Foram 424 indivíduos com sobrepeso e obesidade (idade média de 52±9 anos, 57% do sexo feminino).
No início do estudo, a correlação mais forte entre densidade mineral óssea e medidas de composição corporal foi observada em mulheres, principalmente com relação à massa magra. Nos homens, a massa magra foi correlacionada apenas com a densidade mineral óssea do quadril. A média de perda de peso em dois anos foi de -6,9%, sem diferenças entre as dietas. Estas alterações foram diretamente correlacionadas às mudanças na massa magra em mulheres, enquanto que a perda de massa gorda foi correlacionada apenas com mudanças na densidade mineral óssea do quadril. Nos homens, as mudanças na massa magra e na massa gorda foram negativamente correlacionadas a alterações na densidade mineral óssea da coluna vertebral.
Dietas de emagrecimento resultam em efeitos específicos sobre a densidade mineral óssea em ambos os sexos. Enquanto os homens apresentaram um aumento paradoxal na densidade mineral óssea da coluna, as mulheres tenderam a diminuir a densidade mineral óssea do quadril, da coluna e da cabeça do fêmur.
Os pesquisadores alertam que enquanto a perda de peso pode ter efeitos benéficos sobre doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo, é importante considerar a saúde do esqueleto, especialmente em mulheres nas quais a perda de peso pode resultar em perda de massa óssea, uma vez que as mulheres têm um risco significativamente aumentado de fraturas ósseas e osteoporose.
FONTE: http://press.endocrine.org/